Um dos grandes desafios na aquicultura e sistemas ornamentais brasileiros é o dimensionamento e principalmente o controle de sistemas de filtragem para os animais. Ainda mais quando falamos de peixes. Os peixes são animais que sofrem muito com a superlotação, limitação de espaço e variações climáticas que afetam a qualidade da água.
Conforme adaptado de Raulino, et al. (2012), a aquicultura intensiva aumenta as chances de ocorrência de epizootias (doença contagiosa, que atinge em escala a população animal) devido ao maior estresse imposto aos animais (lotação, manejo, transporte, etc), com consequentes perdas econômicas.
O uso de prebióticos vem aumentando nos últimos anos
Nos últimos anos a utilização de prebióticos vem aumentando em todos os ramos da produção e saúde animal. Esse aumento também pode ser observado ramo de aquicultura em geral. Seguindo os bons resultados desta tecnologia, os profissionais estão investindo em prebióticos bacterianos (composto nutricional para bactérias), estes que são muito utilizados na aquicultura para elevar a capacidade filtrante das mídias biológicas como o Cubos Bioglass.
A exclusão competitiva
A utilização dos prebióticos em filtros tem como princípio de ação a exclusão competitiva. Essa exclusão é o mecanismo no qual as bactérias de uma microbiota saudável colonizam e previnem a instalação de bactérias patogênicas. Com os prebióticos iremos auxiliar a colonização de bactérias benéficas nos filtros, evitando que microrganismos patogênicos se proliferem no sistema aquático.
Os prebióticos nacionais como o Water Bio da Cubos, focam em fornecer um ambiente nutricional prolífero para bactérias benéficas que irão além de realizar a exclusão competitiva, farão a decomposição substâncias tóxicas a vida aquática, como por exemplo amônia (NH3), além de reduzir os níveis de matéria orgânica no sistema, dificultando a proliferação de fungos, bactérias e outros organismos que podem gerar doenças principalmente em peixes e camarões.
Sendo assim é extremamente recomendável o uso regular de prebióticos em sistemas fechados e recém-implantados. Estes sistemas, usualmente possuem baixa incidência bacteriana. Também é muito recomendado que se utilize regularmente estes nutrientes para que não se abram brechas na exclusão competitiva.
Fontes:
FURLAN, Renato Luis; MACARI, Marcos; LUQUETTI, Brenda Carla. COMO AVALIAR OS EFEITOS DO USO DE PREBIÓTICOS, PROBIÓTICOS E FLORA DE EXCLUSÃO COMPETITIVA. In: 5°SIMPÓSIO TÉCNICO DE INCUBAÇÃO, MATRIZES DE CORTE E NUTRIÇÃO, 5., 2004, Balneário Camboriú. Jaboticabal, 2004.
RAULINO, Fernanda et al. DESEMPENHO DE JUVENIS DE TILÁPIA-DO-NILO Oreochromis niloticus ALIMENTADOS COM NÍVEIS CRESCENTES DE PREBIÓTICO. In: SICITE, 17., 2012, Dois Vizinhos, Pr. 2012.
Rafael Foresti é Zootecnista especialista em lagos ornamentais e piscicultura.